quinta-feira, junho 25, 2009

Raliji


Este Texto foi Postado na Lista de Debates de Dança e Dança do Ventre em Agosto de 2004.

Abraços,

Paula Cunha.

Raliji

Voltei a escrever o meu Raliji....
Como cheguei a esta escrita:
- Foi uma decisão bem pessoal, logo após uma longa conversa com o Sr.Adulbari Nasser, professor de língua árabe do ICAB, Escola Barão de Rio Branco, dentre outras, um árabe sábio, que
sempre esta disposto a dividir seus conhecimentos....que são
fartos em muitas áreas....e gosta de conversar sobre política,
assunto que amo debater.

Roberta muito obrigada pelas respostas.... Como é do
conhecimento de participantes mais antigas...

SOU LOUCA POR FOLCLORE.

RALIJI ENTÃO...AIII NEM SE FALA!!!


Roberta e Paulo, Obrigada pelas explicações sobre o pronunciar e a grafia das palavras.

A Base do assunto Raliji, sempre foi largamente debatida nesta Lista, inclusive mais que outras danças folclóricas...

Trajes, ritmos, origem e passos ao dançar.

Um assunto que apareceu e não rendeu foi sobre a modernização do Raliji, assistida em São Paulo, pela primeira vez( acho ) que me 2001, eu particularmente nunca assisti a uma....

Uma das questões que fico pensando é:

- Como modernizar algo que não nos pertence?
- Como modernizar algo que não nos pertence e não
esclarecer ao publico o que eles estão a assistindo?

Não quero colocar um gesso em minha dança e nem na
forma de dançar de nenhuma outra pessoa...e gesso em dança
folclórica...não dá... mas as formas inovadoras devem surgir do povo que deu origem a dança....

Formas corretas e incorretas, quais seriam?

Vamos ao Debate....ADORO....

Abraços,
Paula Cunha.


quarta-feira, junho 24, 2009

A Dança Nossa de Cada Dia



"A Dança Nossa de Todo Dia"

Gratificante na Dança Nossa de Cada Dia é ver o desenvolvimento das alunas.

Esta semana na aula de segunda feira das 19 horas..finalizei a aula, apagando as luzes, colocando uma aluna em cada espelho e coloquei uma musica.

Todas elas iniciantes com menos de dois meses de aula.

Quem dançou foi meu queixo até o chão.

Lindo!!! TODAS elas dançando bem!

Coordenando partes do corpo que elas nunca tinham dantes trabalhado.

Amo Lecionar!

Abraços,

Paula Cunha.



sexta-feira, junho 19, 2009

Twitter

Leitores,

Estou nessa...


Sempre aqui.

Espero Voce lá,
Abraços,
Paula Cunha.

quinta-feira, junho 18, 2009

Do Fundo do Baú

Boa Noite!

Revirando meus textos encontrei este, postato na Lista de debates em 21 de Agosto de 2007:

Espero que apreciem.

Abraços,
Paula Cunha.

Islã - Países Árabes - Dina e continunado o debate.



Olá Lívia,
Olá Lista,
Bom dia!
Feliz Semana!

Antes de tudo quero deixar bem claro que não tenho religião, tenho
minha fé, minhas crenças e meus rituais.

Estudo o Alcorão, freqüento Mesquita, tenho amigas Mulçumanas e levo
horas e horas debatendo e aprendendo sobre o Islã; Debates e
conversar que tenho há anos e são de meu pleno gosto e prazer.

Qual é o motivo:

- Em minha opinião quando digo que sou uma pesquisadora da Dança do
Ventre, das Danças Folclóricas Árabes e da Dança Árabe,
principalmente da Dança Árabe eu preciso entrar no Universo da
Cultura de uma forma geral e completa então, alem da Dança;
Já:

- Li e Reli o Alcorão
- Uso e já Usei Véu inclusive em locais públicos
- Faço Comida Árabe
- Como vez por outra como uma Árabe.

Assim, na minha visão, fica mais fácil escrever, debater, ensinar e
aprender sobre a dança que amo.

Amo a Dança e TODO o universo que esta em volta dela.

Lívia, li o Livro Princesa, o livro Mutilada e outros livros do
gênero.

Mutilação:

O Islã Condena a retirada de qualquer parte do corpo feminino ou
masculino, pois esta escrito no Alcorão tal proibição, as mesmas
leis são para homens e mulheres.

Esta pratica de retirar o clitóris, parte do clitóris, grandes
lábios e clitóris e em muitos casos, grandes lábios, clitóris e
monte de Vênus é uma pratica Tribal.

Não pode ser considerada Árabe e muito menos Mulçumana.
Fica ligada ao Islã por interesse dos meios de comunicação em
denegrir a imagem do Islã e do Povo Árabe, tanto que este
procedimento também é praticado distante geograficamente dos países
árabes na Índia, por exemplo, esta pratica existe em algumas tribos.


Sei que você não colocou em seu texto, que é uma pratica árabe, mas
quero deixar claro, que esta pratica não é Árabe nem Mulçumana e é
condenada pelo Livro Sagrado o Alcorão.
Tenho por habito há muitos anos levantar a bandeira a favor do mundo
árabe e do Islã.

A mesma conduta ética, moral para as mulheres é a mesma conduta
escrita no alcorão para os homens.
Não estou ignorando que na pratica seja diferente, estou apenas
elucidando sobre o Alcorão.

- Alcorão, é a palavra de Deus recebida pelo profeta Mohamed.

Particularmente no Livro Princesa, a narradora é sim de origem
Árabe, mas, quem escreve é uma inglesa.

A Personagem principal do livro Princesa, está com raiva, de sua
vida, família e do sistema e não quer mais viver daquela maneira.
Não desmereço o relato.
Este narrativa acontece com forte sentimento de quebra e desprezo
pela vida que a personagem esta levando.
Alem de não podermos esquecer que ela fala árabe, aprendeu a língua
inglesa ensinada por uma pessoa de origem árabe e quem transcreve
tudo é uma mulher de origem ocidental, uma inglesa.

Quanto à prostituição ela é condenada no Livro Sagrado, o Alcorão.

Prostituição existe sim em países árabes como em qualquer outro país
e é uma profissão discriminada como em qualquer outro país.

Lívia e Lista, sou defensora de um conhecimento amplo dos Povos
Árabes e do Islã que não esta ligado diretamente aos Povos Árabes,
só um exemplo o país que têm o maior numero de Mulçumanos esta na
Ásia.

Muitas mulheres como, as Iranianas, exemplo usaram e usam o véu como
forma de sobrepor à cultura judaica norte-americana que quer a TODO
custo imprimir, impor, regimes de governo e forma de vida judaica
norte-americana.

No fim dos anos 70, o Xá, Iraniano proibiu as mulheres de andarem na
Rua USANDO VÉU, só podiam andar na rua sem véu.
Muitas casas não tinham banheiros e as famílias freqüentavam
banheiros públicos, muitas mulheres ficaram sem usar banheiro na
forma devida porque elas não queriam sair à rua sem véu.
Estas Historias não são divulgadas publicadas.
Não existe interesse na mídia em divulgar os países Árabes e o Islã
de forma diferente ou simplesmente como ele é.
Muito mais fácil passar a idéia de fanáticos religiosos e misturar
tudo e todos, Árabes, Mulçumanos, Guerrilheiros, todo mundo
igual "bando de fanáticos mulçumanos".

Lívia, vou cortar e colar partes da sua mensagem, tirando assim à
mesma da ordem.
Lívia, sua amiga comentou:

(...) - "Dancei com um vestido transparente que comprei no Egito e
todo mundo me
criticou. Fazer o q? O povo daqui do Brasil não está preparado para
isso.
São diferentes dos árabes".

Paula Cunha:

- Depende do "Povo" que ela esta se referindo se ela for dançar em
um Bordel (tenho o maior respeito por todas as profissões) ninguém
iria achar estranho, já em um local que não tenha esta finalidade as
pessoas podem estranhar, comentar, julgar e condenar.
No Egito eles têm a cabeça diferente sim, e estão prontos para tal
sim, mas vão enxergar como se fosse uma moça do bordel.
E ela deverá estar dançando num bordel.

Dina, a Dina, só é copiada depois que meia dúzia de pessoas disse
que ela era o Maximo apesar de suas roupas.
Bem me lembro quando os primeiros vídeos da Dina chegaram ao Brasil,
deve ter uns 08 anos, TODO mundo falou primeiro do figurino dela,
depois que foram perceber que ela também dançava.

Minha memória é boa e comprida demais.

Um problema para a Dança do Ventre, pois lembro de cada detalhe
desde que comecei a estudar esta Dança e já tem mais de uma década,
então:

-Cuidado com minha memória.

Lembro quando a Ruaida, grande bailarina teve seus primeiros Vídeos
em VHS desembargando em terras brasileiras.
TODO MUNDO só falava da feiúra e do nariz da bailarina.
Tempos depois as estudantes começaram a notar como ela dançava
lindamente e sua presença de palco extasiante.

Quando por aqui chegou a Fif Abdou (Deusa Dançante MA-RA-VI-LHO-AS)
TODO MUNDO VIU PRIMEIRO QUE ELA ERA GORDINHA E O COEMENTARIO ERA:

- Ela é gordinha mas, tem um rosto lindo!

Dina, Fif, Ruaida e muitas outras, primeiro sofreram criticas por
isto ou por aquilo, somente depois foi que as pessoas foram ver a
Beleza de Dança e quanto podíamos aprender com elas.

Olha a alfinetada.

Lívia, você escreveu sobre as genéricas da Dina, e aviltou a
possibilidade de elas serem vitimas, este é um ponto de vista o meu
ponto de vista é:

- Criar pra que?

Estou concretizando a certeza infelizmente de que a lei na Dança do
Ventre e nas Danças Folclóricas Árabes seja esta:

Infelizmente o que vou escrever abaixo assisto entra ano sai ano.

A cabeça destas bailarinas deve funcionar assim:
- Copiar é muito melhor, assisto e copio, se o figurino deu certo
depois que a fulana ( bailarina de nome, conhecida e bem
remunerada ) fez comigo também vai dar certo e melhor ninguém vai me
criticar "ela " já fez.
Então ta certo.

Analisar se aquele figurino, aquela forma de dançar:
- Faz seu estilo.
- Figurino esta dentro do figurino que ela quer usar
- Musica coreografia estão dentro do que ela quer dançar.

Detalhes, que não são levados em conta neste mundo de certificação e
carimbos de qualidade e blábláblá.

Vamos copiar fazer o que fulana ou beltrana fizeram deu certo.

Espero o dia em que elas descubram que a arte de criar promove um
prazer enorme.
Prazer que muitas já sentiram e que eu sinto a cada criação que
tenho.

AMO DANÇAR!
AMO CRIAR!

Descobrir que você é um ser que pode dar a luz a idéias e conceitos
é o MAXIMO.

Minha opinião sobre a Moça do Vídeo é simples:

Ela dança genuinamente e sem compromisso.
A pessoa que esta filmando realmente não escolheu os melhores ângulos

Pessoalmente tenho um lema de Vida:
- Aprendo TUDO com TODO MUNDO.
Então na minha forma de viver esta moça muito me ensinou e pode
ainda muito me ensinar.
Aprendi com a sua descontração, vi como fica bela a dança sem roupas
com brilhos e paetês, com cabelo solto e como as pessoas são iguais:
O vídeo que esta no You Tube é o seguinte:

- Uma moça dançando, supostamente no Egito, esta dançando de mine
saia e blusa em uma festa com muitos homens e tem uma pessoa
filmando.
Homens e crianças, pois em determinada parte da filmagem ela dança
com um menino.
Esta pessoa dá grande ênfase às partes do corpo da moça que estão à
mostra, suas pernas que filmadas de baixo dão à impressão de serem
bem compridas e ela continua dançando despreocupadamente,
desenvolvendo uma secessão de paços de Dança do Ventre.

Esta é a descrição resumida do Vídeo, que está postado no Blog da
Roberta Salgueiro, para quem não assistiu.

Agora... Vamos supor que o contexto daquele vídeo seja o seguinte:

- A Moça esta dançando em uma festa de sua família, e tem um primo
mais espertinho que quer se aproveitar do descuido da prima.
Ela se descuida por que está em família e não esta preocupada no que
esta aparecendo pela sua mine-saia.

Esta versão me fascina.
Sabem por quê?
Pelo simples fato que esta situação pode acontecer aqui no Brasil
comigo, com você na sua na minha em qualquer família brasileira.
Em qualquer festa.

SOMOS TODOS IGUAIS

Viva!!!
Pluralismo Cultural.


Abraços,
Paula Cunha.






sexta-feira, junho 05, 2009

Sorte



Boa Noite!

Depois de longo e tenebroso inverno venho novamente partilhar com Vocês.
Uma das minhas Sortes.
Sim, sou uma mulher de sorte.
Amo meu trabalhe e todas as suas nuances.
Hoje quero compartilhar a sorte e o amor que tenho em lecionar.Amo lecionar.
O saber é um compartilhar constante.

Quando minha aula das 19horas terminou, paramos e fomos conversar.
Uma parada tipicamente brasiliense, uma pessoa de cada lugar.

Quero falar que paramos 04 brasileiras e uma japonesa, ela faz aula comigo á um mês, um amor de pessoa.

Bom, a conversa começa:
Aluna brasileira:

- Acho lindo toda cultura oriental.
Eles são mais ligados que nos os ocidentais eles dançam para seus deuses. Nos estamos desligadosEles sempre ligados com os Deuses, Rituais.A Japonesa, só ouvindo, ela ainda esta aprendendo o nosso idioma.

E a professora, brasileira (eu ) disse:

- Calma! Calma.- Não podemos generalizar as coisas.Que nos não nos religamos e eles são ligados.Disse a ela que na minha experiência profissional o que vi durante a minha vida dançante foi:
Que Muita Verdade absoluta sobre a cultura X,Y, Z, cair por terra pelo simples fato de que as coisas costumam chegar até nos de forma fragmentada.

Estava pensando o motivo desta fragmentação; A priori chega um bem simples em minha cabeça.
Melhor colocar como Divino e sagrado que buscar uma explicação simples dentro de nosso dia a dia. Ou ainda melhor encontrar o Divino e o Sagrado ao invés de buscar livros em bibliotecas e trabalhos de pesquisa acadêmica com publicação e reconhecimento. Daí, Sagrado e a forma de pensar do outro.

Entender e explicar o outro é mais difícil.
Teremos que entender a forma de pensar a linha de pesquisa, isso da mais trabalho que resumir tudo em Sagrado e Divino.

Continua...
Abraços,
Paula Cunha.03 de Junho de 2009.