Danço desde os três anos de idade, ao todo são Trinta anos dedicados à dança. Sou formada em balé clássico.Trabalho com Dança Folclorica Árabe e Dança do Ventre à Dez anos, quando ela me escolheu... aconteceu quando eu tinha sofrido um acidente de automóvel e tirei toda a minha perna direita do lugar, nesta época fazia Flamenco e Capoeira. Adorava.... Muito bem.... Depois da minha recuperação voltei para as minhas atividades, inclusive profissionais com o Flamenco. Jogando capoeira no carnaval em uma roda de rua, levei uma pancada no joelho.. Os médicos disseram que eu deveria parar de dançar, mas isso eu não queria de jeito nenhum. Começou, então, minha luta com o meu joelho, que existe até os dias de hoje. Mas infelizmente não podia mais continuar com a capoeira e o Flamengo, pois os impactos na estrutura do joelho lezionado, eram muito fortes.Voltei a dar e fazer aulas de balé. Uma manhã pensei: "Vou fazer hidroginástica e fortalecer a musculatura do joelho". Quando fui fazer minha matricula, li Dança do Ventre e pensei: "Que legal! Vou fazer, o impacto é menor". Começaram as aulas e eu gostava, mas não muito. Minha primeira professora parava na frente, ia dando aulas e nós íamos como loucas atrás imitando. Achei aquilo uma loucura, nunca tinha visto nada igual.Mas eu adorei a música e por isso não perdia as aulas. Depois comecei a descobrir a cultura árabe e fui me apaixonando cada vez mais pela Dança Árabe e pela Dança do Ventre. Estudei, estudei, estudei muito. E um dia, dançando em uma feira, as pessoas me perguntaram se eu dava aulas ou fazia shows, e à partir de então comecei a pensar sobre isso. Logo depois, comecei a vender roupas e a ficar mais inteirada na Dança Árabe na Cultura na Dança do Ventre.Continuei estudando. Foi quando uma menina quis de qualquer forma aprender comigo. Passamos a estudar juntas e depois abri a minha primeira turma. Agora não havia mais volta, a Dança que sempre tomou conta de mim e faz parte do ar que respiro.Hoje é uma forma, um jeito de ser e de viver. Sou bailarina 24 horas por dia. Adoro o que faço, nada é mais lindo, nada me completa mais. Não posso dizer que me descobri como mulher, mas posso dizer, que a Dança Árabe e a Dança do Ventre me completaram. Danço com amor, com prazer e principalmente com a liberdade de ser eu mesma. Deixei a dança entrar e me invadir.... e amo esta invasão. Com a dança vieram outras coisas, hoje eu pinto e escrevo poesias, tudo, claro, sobre dança. Tudo sobre a magia de ser MULHER.
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